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Ana pode ser 1ª mulher no TCU pós redemocratização


Nunca antes na história do recente desse país a disputa de uma vaga para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) foi acompanhada tão de perto pelos analistas políticos e pelos próprios parlamentares. E todo esse alvoroço ocorre graças à candidatura da líder do PSB, a pernambucana Ana Arraes. Aos 63 anos, em seu segundo mandato na Câmara, fechou a semana com uma boa margem de votos no PT de Lula, no PSDB de Aécio Neves e no PSD de Gilberto Kassab, e chama a atenção com a possibilidade geral de ser a primeira mulher a ocupar uma vaga no TCU, desde a redemocratização do país. A última que obteve esse mérito foi Élvia Castelo Branco, ainda no período da ditadura militar (1964-1985).

Advogada e técnica judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, ela junta em sua campanha o sobrenome do pai, Miguel Arraes, e conta ainda com o trabalho do filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Mas não é só isso. O PCdoB de Aldo Rebelo fez de tudo para que ela desistisse da disputa e apoiasse o comunista. Ela não topou.

Quem conhece dona Ana, como os colegas de Congresso a chamam, sabe que ela fala sério. Afinal, desde muito jovem enfrentou as dificuldades impostas pela ditadura militar. Em julho de 1964, aos 17 anos, ela foi incisiva com o comandante geral do IV Exército, general Olímpio Mourão Filho, ao pedir que ele liberasse a presença de seu pai, àquela altura preso político em Fernando de Noronha, para que pudesse comparecer ao casamento da filha. Ela tanto fez que o general assentiu.

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